GUIA DE PERGUNTAS E RESPOSTAS PARA O SOALHO RIBADÃO EXOTIC SKINS
1. PRODUÇÃO
Como nos chegam, de onde nos chegam, e como são tratadas as madeiras até ao início da produção do Soalho?
– As madeiras para a produção dos pavimentos ES são provenientes de Africa, Brasil e USA. Por questões ambientais e por imposições comunitárias, todas as madeiras são provenientes de cortes controlados e legais e chegam-nos acompanhadas de todos os Certificados necessários, Certificado de Origem, Certificado Fitossanitário, etc.
Todas as madeiras chegam já serradas em réguas com medidas Standard para as produções das diversas larguras e espessuras dos Soalhos. Também por questões ambientais e por questões de custo do produto, não é possível comprar apenas madeiras com comprimentos “grandes”, e sim, temos que também comprar madeiras mais curtas, fruto do aproveitamento máximo das árvores que são abatidas.
Como decorre o processo de estágio e controlo de humidades da madeira, antes e depois do processo de secagem até se iniciar a maquinação?
– As madeiras recebidas de Africa e Brasil chegam-nos “verdes”, sem secagem, pelo que essas madeiras são colocadas em parque exterior durante um determinado período para assim irem perdendo humidade gradualmente e quando está terminado este ciclo, são colocadas em estufa para serem submetidas á secagem ideal para a produção do ES. Depois do processo de secagem, as madeiras são deixadas arrefecer dentro das estufas e de seguida são retiradas para um armazém de estágio/ambientação até atingirem a humidade de estabilidade/equilíbrio. As madeiras provenientes dos USA, já nos chegam secas (KD), portanto com todo este ciclo já completo.
Como decorre o processo de selecção das madeiras depois de maquinadas e antes de seguirem para o envernizamento?
– Depois de secas e com humidade de estabilidade atingida, as madeiras entram para um processo de aplainamento nas 4 faces (S4S), permitindo este processo detectar alguns defeitos nas réguas e seleccionar a melhor face aquando da maquinação e perfilação do ES.
Ao fazer-se o S4S, as madeiras são logo separadas e as que apresentam alguns
defeitos seguem para optimização dos comprimentos, ou seja, cada régua vai ser optimizada em diversos comprimentos limpos de defeitos. Depois de terminados estes processos, as madeiras seguem para as molduradoras e topejadoras, onde lhe são feitos os machos e fêmeas nas laterais e nos topos. Também neste processo, são de imediato retiradas as peças que apresentem defeitos e que necessitem novamente de ser optimizadas.
Quando é que as madeiras estão prontas para seguirem para a linha de envernizamento?
– São consideradas prontas para entrarem na linha de envernizamento depois de concluído todo o processo de aplainamento, perfilação, optimização, e depois de serem separadas pelos diversos comprimentos.
Quais as principais características do envernizamento e produtos que são aplicados no soalho?
– Os soalhos ES são colocados num processo de envernizamento inovador que utiliza as técnicas mais recentes e desenvolvidas neste sector.
A madeira entra em linha, onde é inicialmente calibrada nas faces posterior e inferior, e de seguida recebe todos os produtos de acabamento/envernizamento.
Quais são os acabamentos?
– Por tendência dos mercados onde operamos, as percentagens de brilho no ES, situam-se nos 20%, no entanto podemos colocar outro acabamento com mais ou menos brilho, dependendo da solicitação do cliente. Também se pode fazer o acabamento a
óleo, ou verniz “Natura” com aspecto de acabamento a óleo, alem de ser possível também dar cores diversas escolhidas e seleccionadas pelo cliente.
Qual a selecção e escolha do Soalho antes de ser embalado?
– O ES, ao sair da linha de envernizamento e ao ser colocado na embalagem é devidamente supervisionado para detectar qualquer defeito/imperfeição no produto final. É um processo complexo e difícil e, como tal, pode eventualmente acontecer aparecer alguma peça que possa apresentar pequenos defeitos, por vezes só detectados de certos ângulos de visão ou num plano muito aproximado. Nestes casos, ao ser detectada durante a aplicação, não deve ser utilizada ou, em alternativa, deve ser utilizada numa zona menos visível ou ser aproveitada para um corte ou remate.
EMBALAGEM:
O porquê do Randon Lenghts, quantidades por caixa e média aproximada de comprimentos por caixa?
– O ES é embalado em Caixas de Cartão reciclado e sem qualquer produto prejudicial ao ambiente. No interior das caixas estão impressas todas as regras e instruções a seguir para uma correcta aplicação. Estas caixas podem ser aproveitadas para colocar sobre o soalho já aplicado para o proteger enquanto decorre o processo de aplicação.
O ES é embalado em “Randon Lenghts”. Cada caixa é composta por uma peça do comprimento máximo descrito em cada espessura e depois todas as outras linhas da caixa são completadas por diversas peças que perfazem o comprimento máximo. A média de comprimentos das caixas está definido por cada espessura e não obedece a percentagens por cada comprimento, são comprimentos que partem do minimo descrito, até ao máximo descrito.
2. ASPECTOS COMERCIAIS ADSTRITOS AO PRODUTO EXOTIC SKINS
As vantagens de se comprar produto Envernizado:
– As vantagens de utilizar soalho já envernizado em detrimento do soalho cru para acabamento em obra são imensas, no entanto realçamos apenas algumas:
- Os produtos aplicados em linha de envernizamento têm uma resistênciaímpar, assim como uma perfeição de acabamento impossível de efectuar em obra.
- São aplicados produtos comcaracterísticas de resistênciaquenão são possíveis de aplicar em obra, na linha de acabamento são aplicados 7 produtos diferentes com características e funções distintas.
- O soalho tem microbisel, o que esteticamente permite visulaizarquese trata deum soalho maciço e não de uma qualquer imitação,oudar a ideia de uma placa compacta de madeira envernizada.
- Permite a qualquer altura uma reparação ousubstituição de uma peça quetenha sofrido algum “acidente” sem interferir com outras peças. Com o envernizamento “ligado”comoficao soalho envernizado em obra tal não épossível sem queexija uma maior intervenção de envernizamento, tempo e mão-de-obra.
- O ES, por ser um produto jáacabado,permite e recomenda-se quese aplique mesmo no final da obra, permitindo queo processo decorra num curto espaço de tempo, sem sujidade e constrangimentos de demoras, permitindo queo espaço onde foi colocado seja habitado e utilizado quase de imediato (tempo necessário apenas à secagem da cola)
- Não há necessidade de despender financeiramente do valor do soalho 3 ou 4 meses antes da entrega da obra, basta 1 ou 2 semanas antes da entrega.
Gama de produtos e espécies habituais?
– A nossa gama atual é de 3 espécies africanas (Afzelia; Wenge; Kambala Iroko); 6 espécies brasileiras (Sucupira; Jatoba; Muiracatiara; Ipe; Tauari e Cumaru); e 3 espécies norte-americanas (Nogueira; Pinho e Carvalho) 2 espécies europeias (Carvalho e Riga Nova)
Espécies alternativas?
– Também é possível a produção e fornecimento de outras espécies como por exemplo: Faia; Casquinha; Freixo; Maple, etc. Todas estas especies e prazos de entrega, são sob consulta.
Quais as especificações por cada espessura?
– Cada espessura tem especificações de larguras e comprimentos ajustados. Essa informação encontra-se no nosso site e são as seguintes:
- Espessura: 8mm Largura: 80mm Comprimentos: desde 250mm até 1400mm
- Espessura: 14mm Largura: 90mm e 120mm Comprimentos: desde 250mm até 1500mm
- Espessura: 19mm Larguras: 76/120 e 140mm Comprimentos: 250mm até 2250mm
Nem todas as espécies são produzidas nas diversas larguras e espessuras, pelo que aconselhamos a consulta do nosso site ou do nosso catálogo.
O porquê das diversas tonalidades nos soalhos?
– A madeira, como é um produto natural, nenhuma peça é igual a outra, seja na tonalidade, no desenho do veio e fibras, pelo que não é possível fornecer soalho todo igual. A madeira é retirada de diversas arvores e até madeira retirada de uma mesma árvore nunca é igual, apresentando diferenças consoante tenha sido retirada mais do pé da árvore ou mais acima, de partes que estavam mais ou menos expostas ao sol, etc.
– Na instalação aconselha-se que se faça uma selecção das peças tendo em conta a semelhança entre elas e se faça uma distribuição tendo em conta o gosto pessoal.
O porquê dos diversos comprimentos?
– Como está referido no inicio, por motivos ambientais e de custos do produto madeira, cada arvore abatida deve ser aproveitada ao máximo, pelo que além das madeiras compridas, também o mercado deve ser consciente e aceitar as madeiras mais curtas. Também como já foi mencionado, durante o processo de fabricação, muitas réguas que inicialmente eram compridas, passaram a diversas curtas para lhe serem eliminados os defeitos, por tal devem ser considerados todos os comprimentos. Não são sobras, a madeira mais curta foi fruto de uma selecção mais apurada, pelo que tábuas
pequenas são resultado de um processo responsável de preservação de meios e de custos. Além disso as peças com dimensões mais pequenas são muito mais estáveis e fáceis de aplicar de que as peças maiores.
Há madeiras de 1ª e de 2ª qualidade?
– Não. Toda a madeira é de 1ª qualidade. Pode é haver diversas singularidades da madeira que possam ser entendidas como não sendo um produto de 1ª, mas isso é um falso entendimento, pois todas as singularidades, nós, veios mais desalinhados, etc, não são defeitos são caracterísitcas. Quando referimos “defeitos” devemos apenas considerar anomalias de fabrico ou rachadelas que não estejam consideradas dentro das normas existentes para este produto.
O porquê de não se fornecer comprimentos únicos?
– Os comprimentos únicos, mesmo que curtos, obriga a uma produção de quantidade muito alem das quantidades solicitadas. Tal é provocado pela eliminação e cortes de madeiras que se vai fazendo durante o processo de produção, alem de que para quantidades grandes, por vezes é difícil conseguir stock de matéria prima suficiente para satisfazer o pedido, além de ter um custo mais elevado.
O porque de não se aconselhar soalho largo em certas espessuras, ou seja, o equilíbrio entre a espessura e a largura?
– Quando um soalho é demasiado largo, se não tiver uma espessura que lhe garanta um equilíbrio, pode originar empenamento côncavo nas réguas, “efeito banana”. Assim só aconselhamos as larguras descritas no nosso catálogo para cada espessura.
O porquê deste soalho nas condições que é fornecido em termos de comprimentos, não dar para fazer em obra “junta alinhada”?.
– O efeito “Junta Alinhada” só é conseguido se houver apenas um ou dois comprimentos únicos, e isso não acontece no ES, que tem comprimentos diversos.
Quais as características higrométricas e o uso do Exotic Skins sobre o aquecimento radiante?
– O ES sai controlado da fábrica com uma humidade 8% (+/-2%) pelo que está com uma percentagem de humidade que se ajusta a ser aplicado em chão radiante. Basta que sejam seguidas todas as instruções do fabricante do aquecimento e também sejam seguidas todas as recomendações que se encontram no nosso site e catálogos.
Qual a espécie de madeira e a espessura mais aconselhada a colocar sobre aquecimento de chão radiante?
– Qualquer espécie é aconselhável, ou antes, não pode ser desaconselhável. As mais densas podem ser mais “resistentes” á passagem do calor e como tal o calor demora mais tempo a manifestar-se no ambiente, mas também são mais vantajosas porque numa situação de desligar o aquecimento, ou reduzir a sua operacionalidade, também demoram mais tempo a perder o calor acumulado mantendo um ambiente quente durante mais tempo. O mesmo se pode aplicar à espessura, quanto mais espessura houver no soalho, mais tempo demora a aquecer, mas também demora mais tempo a arrefecer.
3. FORNECIMENTOS
Prazos e disponibilidade?
– Por razões várias, por norma não possuímos em stock final os Soalhos ES, pelo que entram em produção depois de encomendados pelos clientes. Normalmente este processo é garantido em cerca de três semanas, se aquando do pedido, for confirmado pela produção que tem madeira disponível para a produção imediata.
Em caso de rotura de stock de madeiras, ou em caso de que a madeira ainda se encontre numa situação de não seca, o prazo para entrega pode ser mais demorado, mas na altura do pedido o cliente é informado de imediato desta situação e da data prevista para a sua entrega.
Também por questões ambientais e contingências dos mercados nacional e estrangeiro, por vezes as madeiras demoram mais tempo a nos chegar, o que pode originar rotura de stocks em algumas espécies ou medidas. Aconselhamos e pedimos sempre a consulta antes da aceitação da encomenda.
4. MARCAÇÃO CE
O que é a marcação CE?
– A “marcação CE” é representada pelo símbolo CE, cuja aposição tem de seguir determinadas regras, segundo um determinado grafismo. As iniciais “CE” são a abreviatura da designação francesa Conformité Européene que significa Conformidade Europeia.
– Marcação CE indica a conformidade de um produto com os requisitos estabelecidos em directivas comunitárias “Nova Abordagem”. Os equipamentos abrangidos pelas directivas a seguir indicadas, para poderem ser comercializados nos países da Comunidade Europeia deverão ter a marcação CE.
– A marcação CE é a evidência dada pelo fabricante de que os produtos estão conforme com os requisitos estabelecidos em directivas comunitárias “Nova Abordagem”, permitindo-lhes a sua livre circulação no Espaço Económico Europeu (EEE). Os procedimentos de avaliação da conformidade dos produtos com as normas das directivas, visam garantir que os produtos colocados no mercado estão de acordo com as exigências expressas nas directivas, nomeadamente no que concerne à saúde e segurança dos utilizadores e consumidores.
– Essa conformidade verifica-se, não apenas, em relação às obrigações essenciais
estabelecidas nas directivas, mas também em relação a eventuais obrigações específicas previstas nas directivas. A marcação «CE» nos produtos industriais certifica que estes estão em conformidade com todas as disposições reguladoras da União Europeia.
5. CONSELHOS E RECOMENDAÇÕES PARA A INSTALAÇÃO
Armazenamento no local antes da aplicação
– O local de armazenagem deve ser controlado em termos de humidade.
As caixas não devem ser colocadas directamente no chão, e sim por cima de uma altura de barrotes de pelo menos 80mm. Deve-se ter o cuidado do local não ser húmido e não sofrer grandes variações de temperaturas e deslocações de ar.
Ambientação e estabilização
– Quando se pretender iniciar a aplicação, as caixas devem ser colocadas dentro das divisões onde vão ser aplicadas e devem ser abertas.
Controlo de humidade de equilibro
– A humidade de equilibro deve ser controlada diariamente na madeira que se encontra já com as caixas abertas em cada divisão. Depois da primeira medição higrométrica da madeira, devem-se fazer medições sucessivas nos dias seguintes, até se chegar ao ponto em que, em pelo menos 2 dias seguidos, a medição higrométrica não sofreu alterações. Nesse momento o equilíbrio foi conseguido e a aplicação pode iniciar-se.
Condição da obra
– Antes de se colocar na obra o ES, deve-se certificar que as condições de obra são as ideais e aconselhadas à aplicação. Consultar as recomendações no nosso site ou catálogo e respeitar as normas da marcação CE.
Medições de betonilhas e ambiente
– Estas medições fazem também parte da condição de obra e também podem ser verificadas no nosso site ou catálogo. As colagens só deverão ser efectuadas se a betonilha apresentar um teor de humidade inferior a 3%.
Sistemas de Impermeabilização
Deve ser apliacada uma barreia anti-humidade sempre que se verifique a possibilidade de humidades migrarem do sub-pavimento para o soalho.
Sistemas de nivelamento e isolamento das betonilhas?
– Este sistema é aconselhado no caso das betonilhas não se encontrarem nas devidas condições.
Sistemas de manutenção, tratamento e preservação?
– Existem produtos desenvolvidos e próprios para estas situações e que garantem uma maior durabilidade dos soalhos, pelo que é aconselhado a utilização dos mesmos.
6. CONSTATAÇÕES
Diferenças dimensionais detectadas nas larguras durante a aplicação e depois da aplicação?
– Foi constatado já em algumas obras a diferença de dimensões na largura de soalhos.
Este “problema” aconteceu na espécie Sucupira e tem a explicação seguinte:
A madeira quando é maquinada, sai rigorosamente com as mesmas dimensões, espessura e largura, não havendo qualquer possibilidade de acontecer saírem peças com espessuras e larguras diferentes. Quando do armazenamento e ambientação, pelas características das fibras de cada peça, algumas podem ganhar ou perder espessura e/ou largura. São diferenças por vezes inferiores a 1 milimetro, mas nota-se que são desiguais e geralmente conota-se este “acontecimento” a um mau fabrico. Não é verdade, é apenas um efeito natural de um produto natural. Aconselhamos que na aplicação se forem detectadas peças com diferenças muito visíveis, que não se proceda à aplicação, ou se utilizem estas peças para cortes ou remates.
Geralmente estas diferenças vão desaparecendo passado algum tempo depois da divisão habitada, motivado pela ambientação constante da divisão e em consequência do ajustamento da própria madeira.
Empenamentos (Efeito banana)?
– Constatámos também na espécie Sucupira de 14x120mm um ligeiro empenamento “efeito banana”.
Este efeito pode ser provocado pela cola utilizada, caso tenha sido cola á base de água, que nunca aconselhamos, ou porque tenha entrado humidade ambiente no local, humidade esta que foi absorvida pela madeira e que, por sua vez, se foi concentrando no centro da peça o que lhe provoca um ligeiro empenamento.
Normalmente este efeito desaparece se a divisão for aquecida e desumidificada levando a que a humidade que se juntou no centro da peça seja retirada e obrigando a peça a voltar ao seu normal.
7. FONTES DE INFORMAÇÃO ADICIONAL
Informação Generalista http://www.ribadao.com
http://www.enterpriseeuropenetwork.pt/info/mercadounico/Paginas/marcacaoce.aspx